Você já
ouviu falar em queratose actínica (ou queratose solar)? É uma doença de pele,
causada unicamente pela exposição excessiva aos raios ultravioletas, que
geralmente aparece na idade adulta, entre 40 e 65 anos, e deve ser tratada
corretamente, uma vez que há chances de se tornar um câncer.
Apesar de
ser pouco conhecida, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de
Dermatologia (SBD), a queratose actínica ocupa o terceiro lugar em prevalência
nas pessoas que estão mais propensas a sofrerem com o problema e é uma
preocupação dentre os dermatologistas já que, em muitos casos, não é
diagnosticada.
“Quem sofre
com as queratoses actínicas [ou solares] deve visitar frequentemente o
dermatologista, já que a doença é considerada pré-maligna e requer
acompanhamento e manutenção de tratamento das áreas afetadas”, diz Samanta
Nunes, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Medicina
Farmacêutica.
A doutora
explica que as chances de a queratose actínica evoluir para um câncer de pele
pode chegar a 10% – número baixo, mas que assusta quando está ligado a uma
doença que pode matar.
A queratose
actínica pode se manifestar somente a partir dos 40 anos, quando há um acúmulo
considerável de radiação ultravioleta na pele, normalmente em pessoas que já
apresentaram mais sensibilidade às queimaduras e outros efeitos nocivos do sol,
ao longo da vida.
As lesões,
que não doem ou coçam, aparecem principalmente na face, couro cabeludo (em
homens calvos), dorso dos braços e das mãos, tronco e extremidades e podem
apresentar cor avermelhada ou escura, descamar e, ainda, ter um aspecto rugoso
e áspero.
Em alguns casos, é preciso tatear a pele para
perceber que há alguma alteração presente.
“O paciente
nessa idade muitas vezes procura especialistas para tratarem de outras questões
relacionadas à saúde e questões da pele acabam passando despercebido por ele e
até mesmo pelo profissional”, explica a doutora.
Segundo ela,
o tratamento deve ser feito não apenas nas lesões, mas em toda a região onde a
ferida se formou já que, uma vez que apareceu a primeira, outras virão com o
tempo na mesma região da pele.
O Picato®
(nome comercial de ingenol mebutate), desenvolvido pela farmacêutica LEO
Pharma, deve chegar ao Brasil ainda este ano e promete tratamento indolor em, no máximo, três dias, além de
combinar ação direta nas lesões e estímulo ao sistema imunológico – o que, até
então, não era possível encontrar em apenas uma droga.
“Para que
haja um diagnóstico precoce e preciso, com tratamento adequado, é necessário
que todas as pessoas que se expõem ao sol – principalmente as de pele clara e
mais sensível aos seus efeitos nocivos – avaliem constantemente o corpo todo a
fim de checar se não há nenhuma lesão ou pinta de aspecto diferente das
demais”, finaliza a dermatologista.
*Com
informações da Assessoria de Imprensa