domingo, 2 de setembro de 2018

Aos 40 – Atenção redobrada às doenças de pele

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Você já ouviu falar em queratose actínica (ou queratose solar)? É uma doença de pele, causada unicamente pela exposição excessiva aos raios ultravioletas, que geralmente aparece na idade adulta, entre 40 e 65 anos, e deve ser tratada corretamente, uma vez que há chances de se tornar um câncer.

Apesar de ser pouco conhecida, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a queratose actínica ocupa o terceiro lugar em prevalência nas pessoas que estão mais propensas a sofrerem com o problema e é uma preocupação dentre os dermatologistas já que, em muitos casos, não é diagnosticada.

“Quem sofre com as queratoses actínicas [ou solares] deve visitar frequentemente o dermatologista, já que a doença é considerada pré-maligna e requer acompanhamento e manutenção de tratamento das áreas afetadas”, diz Samanta Nunes, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica.

A doutora explica que as chances de a queratose actínica evoluir para um câncer de pele pode chegar a 10% – número baixo, mas que assusta quando está ligado a uma doença que pode matar.

A queratose actínica pode se manifestar somente a partir dos 40 anos, quando há um acúmulo considerável de radiação ultravioleta na pele, normalmente em pessoas que já apresentaram mais sensibilidade às queimaduras e outros efeitos nocivos do sol, ao longo da vida.

As lesões, que não doem ou coçam, aparecem principalmente na face, couro cabeludo (em homens calvos), dorso dos braços e das mãos, tronco e extremidades e podem apresentar cor avermelhada ou escura, descamar e, ainda, ter um aspecto rugoso e áspero.

 Em alguns casos, é preciso tatear a pele para perceber que há alguma alteração presente.
“O paciente nessa idade muitas vezes procura especialistas para tratarem de outras questões relacionadas à saúde e questões da pele acabam passando despercebido por ele e até mesmo pelo profissional”, explica a doutora.

Segundo ela, o tratamento deve ser feito não apenas nas lesões, mas em toda a região onde a ferida se formou já que, uma vez que apareceu a primeira, outras virão com o tempo na mesma região da pele.

O Picato® (nome comercial de ingenol mebutate), desenvolvido pela farmacêutica LEO Pharma, deve chegar ao Brasil ainda este ano e promete tratamento  indolor em, no máximo, três dias, além de combinar ação direta nas lesões e estímulo ao sistema imunológico – o que, até então, não era possível encontrar em apenas uma droga.

“Para que haja um diagnóstico precoce e preciso, com tratamento adequado, é necessário que todas as pessoas que se expõem ao sol – principalmente as de pele clara e mais sensível aos seus efeitos nocivos – avaliem constantemente o corpo todo a fim de checar se não há nenhuma lesão ou pinta de aspecto diferente das demais”, finaliza a dermatologista.


*Com informações da Assessoria de Imprensa