Seis regiões
administrativas correm risco de ter um surto de dengue, segundo levantamento da
Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF): Fercal, Lago Norte, Lago Sul,
Park Way, Sobradinho 2 e Varjão. O estudo aponta que, nestes locais, 3,9% das
casas e dos prédios vistoriados pela pasta nos dois últimos meses estão
infestados de larvas de mosquitos Aedes aegypti, que transmite também zika,
chikungunya e febre amarela.
No DF
inteiro, a média de imóveis infestados chega a 2,05%, suficiente para colocar as
autoridades de saúde em alerta. Na medição anterior, de novembro, o valor era
de 0,95%. A pior situação é a de Sobradinho 2. Lá, 11,57% das casas e prédios
têm larvas e mosquitos, segundo a análise da Secretaria de Saúde.
“Precisamos
alertar a população de que estamos com aumento na infestação do mosquito”,
avisou o secretário Humberto Fonseca. Em sete semanas, a pasta detectou 295
casos prováveis de dengue. Fora do DF, no Entorno, a secretaria observou 25
outros casos. Os números dessa série estão 23% abaixos do registrado no mesmo
período do ano passado, algo comemorado pela secretaria.
Apesar da
melhora, a SES/DF não esconde a preocupação com os possíveis surtos da dengue.
“Se nós tivermos uma epidemia, vamos ter um grande número de pessoas procurando
as unidades de saúde, o que vai demandar muito dos nossos serviços públicos”,
alertou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Marcos Quito.
Das regiões,
Águas Claras, Guará, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Riacho Fundo 1 e 2, Santa
Maria, SCIA, SIA, Sudoeste e Octogonal registraram niveis satisfatórios. Ainda
assim, o risco não está descartado nem mesmo nessas localidades. “São números
que mudam de uma semana para outra. O alerta vale para todo o DF”, destacou o
secretário Humberto Fonseca.
Racionamento
piora o risco de dengue
O secretário
atribuiu o maior perigo de surto às medidas tomadas pela população para evitar
os efeitos da crise hídrica. O levantamento também revelou que a maior parte
dos focos do mosquito são caixas d’água e outros reservatórios posicionados no
mesmo nível do solo.
“É uma
mudança da característica da infestação por causa do comportamento da população
com a crise hídrica”, explicou Humberto Fonseca. No entanto, em Sobradinho 2,
onde houve mais casos, os focos estavam presentes com maior frequência no lixo.
“Acionamos o Serviço de Limpeza Urbano (SLU) para intensificar as ações de
coleta na região”, afirmou.
‘Dengômetro’
medirá o nível de alerta
A Secretaria
de Saúde aproveitou o anúncio do levantamento para apresentar o ‘Dengômetro’. O
mecanismo informará a população o tamanho da gravidade e dos riscos da dengue
para a população do DF.
A escala vai
de 0 a 4 e, por enquanto, será atualizada mês a mês. Nos valores mais baixos,
há apenas o risco de surto. Por isso, o DF está no nível 1 neste momento.
Quando casos começam a ser notificados, o ‘Dengômetro’ pode atingir o valor 4,
classificado como emergência pela Secretaria de Saúde.
Confira
lista completa das regiões e da classificação por risco de surto
Veja o
percentual de imóveis com infestação de mosquitos da dengue avaliados pela
Secretaria de Saúde:
Risco de
surto
1-
Sobradinho 2 (11,57%);
2- Lago
Norte (6,22%);
3- Fercal
(4,68%);
4- Park Way
(4,4%);
5- Lago Sul
(4,19%)
6- Varjão
(4,15%).
Alerta
7-
Planaltina (3,77%);
8-
Brazlândia (2,98%);
9- Gama
(2,82%);
10- Itapoã
(2,68%)
11- Vicente
Pires (2,57%);
12-
Sobradinho 1 (2,56%);
13- Brasília
(2,38%);
14- São
Sebastião (2,32%);
15- Recanto
das Emas (2,2%);
16- Jardim
Botânico (2,08%);
17-
Ceilândia (1,52%);
18- Cruzeiro
(1,34%);
18-
Samambaia (1,34%).
Satisfatório
20- Riacho
Fundo 1 (0,93%);
21- Núcleo
Bandeirante (0,78%);
22-
Taguatinga (0,64%);
23- Santa
Maria (0,5%);
24- Riacho
Fundo 2 (0,45%);
25-
Sudoeste/Octogonal (0,43%);
26- Paranoá
(0,41%);
27- Guará
(0,23%);
28- Candangolândia
(0,05%);
29- Águas
Claras, SCIA/Estrutural e SIA (0%).