O secretário
de Saúde do Distrito Federal, Humberto Fonseca, apresentou à Comissão de
Fiscalização da Câmara Legislativa, nesta quarta-feira (22), o relatório das
atividades da Pasta referente ao 2º quadrimestre de 2017. Fonseca priorizou
informações referentes à execução do programa Saúde da Família e afirmou que
pretende implantá-lo até junho de 2018.
De acordo
com o secretário, a saúde da família está no primeiro nível de atenção no
Sistema Único de Saúde (SUS) e é considerada uma estratégia primordial para a
organização e o fortalecimento da atenção básica. A partir do acompanhamento de
um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada,
são desenvolvidas ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação,
reabilitação de doenças e agravos mais frequentes. "Queremos 100% de Saúde
da Família. Muitas unidades básicas de saúde já implementaram. Os profissionais
da saúde são a favor do programa e nós veremos a melhoria no sistema
público", relatou Fonseca.
A reunião
foi transmitida via redes sociais pelo presidente da Comissão de Fiscalização,
Rodrigo Delmasso (Podemos), que intermediou questionamentos da população. A
moradora do Guará Zuleica Lopes reclamou que no Centro de Saúde I do Guará não
há ginecologista e perguntou se há previsão de contratação. O secretário de
Saúde respondeu que boa parte dos procedimentos de ginecologia é feito através
da Atenção Primária, pelo médico da família. "A equipe de Saúde da Família
atende a mulher em casa. Estamos mudando o modelo de atenção. Os profissionais
vão até a casa do paciente, diminuindo as idas ao hospital", afirmou o
secretário.
O deputado
aproveitou a oportunidade para pedir ao secretário a nomeação de 134 técnicos
em nutrição e 168 técnicos administrativos aprovados em concurso público da
Secretaria de Saúde, realizado em 2014. O secretário Humberto disse que vai
trabalhar junto à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (SEPLAG) para
agilizar as nomeações ainda este ano, mas segundo ele, a quantidade de
nomeações para 2018 ainda não foi definida.
Outro ponto
destacado no relatório foi a falta de leitos nos hospitais. Atualmente há 627
leitos de enfermaria e 600 leitos de UTI, bloqueados por falta de pessoal e de
renovação de contratos de manutenção. "Estamos em discussão com a
governança para fazer as nomeações de servidores para o ano que vem. Precisamos
de 1.200 técnicos em enfermagem. A grande dificuldade em reabrir parte dos
leitos também é a falta de renovação dos contratos de manutenção. Todas as UPAS
funcionavam através de contratos temporários, que foram extintos. Contudo, já
conseguimos a renovação dos contratos e os leitos já serão desbloqueados",
finalizou Fonseca.