sábado, 25 de novembro de 2017

Comissão de Fiscalização realiza prestação de contas da Secretaria de Saúde


O secretário de Saúde do Distrito Federal, Humberto Fonseca, apresentou à Comissão de Fiscalização da Câmara Legislativa, nesta quarta-feira (22), o relatório das atividades da Pasta referente ao 2º quadrimestre de 2017. Fonseca priorizou informações referentes à execução do programa Saúde da Família e afirmou que pretende implantá-lo até junho de 2018.

De acordo com o secretário, a saúde da família está no primeiro nível de atenção no Sistema Único de Saúde (SUS) e é considerada uma estratégia primordial para a organização e o fortalecimento da atenção básica. A partir do acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada, são desenvolvidas ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes. "Queremos 100% de Saúde da Família. Muitas unidades básicas de saúde já implementaram. Os profissionais da saúde são a favor do programa e nós veremos a melhoria no sistema público", relatou Fonseca.

A reunião foi transmitida via redes sociais pelo presidente da Comissão de Fiscalização, Rodrigo Delmasso (Podemos), que intermediou questionamentos da população. A moradora do Guará Zuleica Lopes reclamou que no Centro de Saúde I do Guará não há ginecologista e perguntou se há previsão de contratação. O secretário de Saúde respondeu que boa parte dos procedimentos de ginecologia é feito através da Atenção Primária, pelo médico da família. "A equipe de Saúde da Família atende a mulher em casa. Estamos mudando o modelo de atenção. Os profissionais vão até a casa do paciente, diminuindo as idas ao hospital", afirmou o secretário.

O deputado aproveitou a oportunidade para pedir ao secretário a nomeação de 134 técnicos em nutrição e 168 técnicos administrativos aprovados em concurso público da Secretaria de Saúde, realizado em 2014. O secretário Humberto disse que vai trabalhar junto à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (SEPLAG) para agilizar as nomeações ainda este ano, mas segundo ele, a quantidade de nomeações para 2018 ainda não foi definida.


Outro ponto destacado no relatório foi a falta de leitos nos hospitais. Atualmente há 627 leitos de enfermaria e 600 leitos de UTI, bloqueados por falta de pessoal e de renovação de contratos de manutenção. "Estamos em discussão com a governança para fazer as nomeações de servidores para o ano que vem. Precisamos de 1.200 técnicos em enfermagem. A grande dificuldade em reabrir parte dos leitos também é a falta de renovação dos contratos de manutenção. Todas as UPAS funcionavam através de contratos temporários, que foram extintos. Contudo, já conseguimos a renovação dos contratos e os leitos já serão desbloqueados", finalizou Fonseca.