GUILHERME
PERA, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
A Companhia
de Saneamento do Distrito Federal (Caesb) começou, na segunda-feira (11), a
fazer testes de captação no Subsistema Produtor do Lago Norte para acelerar
ainda mais os trabalhos e começar a operação como previsto.
Os testes
são promovidos pela empresa que toca as obras, a Enfil S.A Controle Ambiental.
Eles consistem em verificação de vazamento, checagem de estrutura, desempenho
dos equipamentos, entre outros. As intervenções estão 80% executadas e com
previsão de entrega para 2 de outubro.
Depois da
entrega, serão três meses de operação assistida, ou seja, em parceria da Caesb
com a Enfil. Depois dessa data, a Caesb assume o manejo.
“É
emocionante ver a água correr e passar por todos os testes. Na primeira semana
de outubro esta estação de tratamento já estará em pleno funcionamento para
ajudar o sistema de abastecimento de água do DF”
Rodrigo
Rollemberg, governador de Brasília
O governador
de Brasília, Rodrigo Rollemberg, esteve no local na manhã desta quinta-feira.
“É emocionante ver a água correr e passar por todos os testes. Na primeira
semana de outubro esta estação de tratamento já estará em pleno funcionamento
para ajudar o sistema de abastecimento de água do DF”, disse Rollemberg.
O
investimento ficou em R$ 42 milhões, 15% abaixo do inicialmente estimado — R$
49.437.958. O Ministério da Integração Nacional liberou R$ 55 milhões para as
obras — a diferença volta para a pasta federal.
Acompanharam
a visita do governador os presidentes da Caesb, Maurício Luduvice; e da Agência
Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF, Paulo Salles.
Como são as
obras em andamento e as previstas no Lago Paranoá
Serão
captados 700 litros de água por segundo no braço do Torto, no Lago Paranoá. A
estrutura fica na ML 4, no Setor de Mansões do Lago Norte. Trata-se de uma
estação compacta de tratamento de água, com membranas de ultrafiltração, uma
das mais modernas tecnologias.
Depois, a água
vai para dois reservatórios: um no Lago Norte e um no Paranoá. Os locais
abastecidos serão Asa Norte, Itapoã, Lago Norte, Paranoá, parte de Sobradinho
II e Taquari. O fornecimento para essas regiões é feito pelo Sistema Produtor
Santa Maria-Torto.
A Caesb tem
também um projeto, já licitado, para captar, armazenar, tratar e distribuir
água do Lago Paranoá de forma definitiva. As obras estão orçadas em R$ 480
milhões — o governo de Brasília negocia financiamento com a Caixa Econômica
Federal.
O Sistema
Produtor Paranoá vai atender 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no
Tororó, em Sobradinho e nos Condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e
Alphaville.
Andamento
das obras no Bananal
Com entrega
também prevista para outubro, as obras do Subsistema Produtor do Bananal estão
67% executadas. A elevatória 1 e a captação estão prontas, e a elevatória 2, em
processo de finalização. Todos os equipamentos e materiais já foram comprados e
se encontram no canteiro da obra.
O Bananal
significa um reforço de 726 litros por segundo para o Sistema Produtor Santa
Maria-Torto. O investimento é de R$ 20 milhões, do Fundo Constitucional de
Financiamento do Centro-Oeste, do Banco do Brasil.
Cerca de 170
mil pessoas serão beneficiadas com as intervenções, que incluem captação no
Ribeirão Bananal e bombeamento para a Estação de Tratamento de Água de
Brasília.
Retomada das
obras no Lago Corumbá 4
A maior de
todas as obras de captação para o DF é fruto de consórcio entre a Caesb e a
Saneamento de Goiás S.A. (Saneago). No estado vizinho, o trabalho ficou um
tempo suspenso por suspeita de superfaturamento, mas foi retomado no início
deste mês.
A parte
goiana consiste em construir a estrutura de captação, a estação de bombeamento
(que estão 60% executadas) e 12,7 quilômetros de adutora — 97% concluída.
O que cabe
ao DF são os outros 15,3 quilômetros de adutora, iniciados em agosto, e a
construção da Estação de Tratamento de Água, em Valparaíso (GO), quase pronta.
O trabalho está 68% executado.
O orçamento
é de R$ 540 milhões, metade para cada unidade da Federação. A quantidade de
água captada também é dividida meio a meio entre DF e Goiás: 1,4 mil litros por
segundo para cada um na primeira entrega, prevista para dezembro de 2018, e 2,8
mil posteriormente.
Pequenas
obras de captação no Distrito Federal
No fim de
março, a Caesb reativou a captação no Rio Alagado, no Gama. São 20 litros por
segundo, que beneficiam cerca de 16 mil pessoas na região. Foram recuperados 4
quilômetros de trechos da adutora e instalada uma válvula redutora de pressão.
A água captada passa por um tratamento simplificado e é encaminhada para a
própria rede de distribuição.
Ainda no
Gama, cerca de 15 mil moradores são abastecidos pelo Córrego Crispim desde
novembro de 2016. São captados 40 litros por segundo desde a reativação de 3
quilômetros de adutora e a construção de mais 180 metros de redes. A água é
tratada e encaminhada para o Reservatório do Gama.
Nas
proximidades do Jardim Botânico e no Lago Sul, a captação do Córrego Cabeça de
Veado — que desemboca no Lago Paranoá e complementa o abastecimento nas duas
regiões administrativas — foi aprimorada. Quatro bombas para essa finalidade
foram revitalizadas. Isso possibilitou o aumento da vazão de captação no
córrego de 110 litros para 150 litros por segundo.
Outra medida
foi a ativação de um poço, em São Sebastião, com capacidade de produção de 10
litros de água por segundo. A estrutura beneficia aproximadamente 4 mil
pessoas.
EDIÇÃO:
PAULA OLIVEIRA