Desde o
início do ano, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF)
intensificou as ações de fiscalização voltadas aos condutores que tiveram o
direito de dirigir suspenso ou cassado, mas continuam dirigindo. No primeiro
semestre de 2017, foram autuados 603 condutores impedidos de dirigir, o número
é 225% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram
flagrados 185 infratores.
Em abril, o
Detran criou a Operação Pontos para a Vida, que é voltada a monitorar e retirar
das vias os motoristas que foram penalizados e continuam cometendo infrações.
Segundo um levantamento da Diretoria de Policiamento e Fiscalização de Trânsito
(Dirpol), cerca de 1.500 condutores podem estar descumprindo a penalidade. A
partir dos pontos registrados na CNH dos infratores flagrados na Operação, é
produzido o Placar da Vida, que demonstra o risco que tais condutores trazem a
segurança do trânsito. Em três meses de Operação, foram autuados 139 condutores
suspensos e cinco cassados, que somam juntos 4.957 pontos relativos a infrações
de trânsito.
A intensa
fiscalização já refletiu nos acidentes. No ano passado, nove condutores com o
direito de dirigir suspenso envolveram-se em acidentes de trânsito com mortes,
neste ano não houve nenhum registro. Segundo o diretor-geral do Detran, Silvain
Fonseca, o objetivo é continuar dando
prioridade as ações que visam impedir que infratores contumazes coloquem em
risco a segurança do trânsito.
Dirigir com
a CNH suspensa é crime
O condutor
suspenso que for flagrado dirigindo recebe a multa de R$ 880,41 e responde ao
processo de cassação de CNH. Nesse caso, só poderá conduzir veículo após dois
anos, além de ser obrigatório realizar todo o processo de habilitação
novamente.
De acordo com o art. 307 do Código de Trânsito
Brasileiro, a violação da suspensão ou da cassação da habilitação configura
crime, com detenção de seis meses a um ano. Desde o início da Operação Pontos
para a Vida, 21 condutores foram encaminhados a Polícia Civil e responderão ao
processo criminal.