terça-feira, 25 de abril de 2017

Alergia respiratória: conheça os sintomas e tratamentos

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A alergia é uma reação exagerada do sistema imunológico em relação a certas substancias da nature-za, que são chamadas de alérgenos. Essas reações são provocadas por substancias habitualmente inofensivas para a maioria das pessoas.

Acredita-se que vários fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doenças respirató-rias em indivíduos geneticamente suscetíveis.

Principais causas das alergias respiratórias

Os agentes que causam esse tipo de alergia são antígenos inalantes em suspensão no ar que penetram no organismo através das vias aéreas:

Ácaros da poeira doméstica
Fungos
Baratas
Epitélios de animais
Pólens.

Os ácaros são os principais responsáveis (dentre este grupo) pelo sintoma de alergia respiratória. São seres não visíveis a olho nu e suas fezes representam o maior grau de alergenicidade do ácaro, ali-mentam-se de pele descamada, de fungos e de outras substancias ricas em proteína. Desenvolvem-se em locais com muito pó, com temperatura entre 18 a 26 graus, pouca luminosidade e umidade maior que 50%. São encontrados em colchões, travesseiros, tapetes, carpetes, brinquedos de pelúcia, etc.

Os fungos são encontrados em suspensão no ar e em ambientes fechados como sótãos, porões, armá-rios, malas, podendo aparecer também em banheiros, cozinhas, nos rejuntes de azulejos, em umidifi-cadores e em locais quentes e mal ventilados. São seres que gostam muito de umidade e por isso abundantes em regiões próximas ao mar. Locais com umidade elevada e poeira podem ser uma ótima oportunidade para instalação de fungos, por isso podem estar presentes também em ar condiciona-dos sem manutenção, colchões e travesseiros.

A alergia a animais prevalece em cachorros e gatos, porém ao contrário do que pensam, os pelos não são considerados os mais alergenicos, as proteínas da saliva e urina ligadas ao pelo são os alérgenos mais importantes, assim como o epitélio descamado, que são as caspas. Os antígenos podem ser car-regados nas roupas para as escolas, escritórios, automóveis, locais aonde o animal nunca apareceu.

A barata doméstica foi identificada como um importante aero-alérgeno em locais de clima tempera-do ou tropical principalmente em áreas urbanas. A sensibilização a barata é mais frequente em resi-dencias de famílias com baixo poder aquisitivo e com grande infestação. As frações que provocam alergia são: as fezes, saliva, descamação e secreção.

Os pólens são grãos microscópicos destinados à fecundação das plantas. Determinadas espécies são levadas pelo ar numa época determinada chamada de período de polinização. Os grãos de pólens das plantas produzem alergia respiratória por inalação. A doença polínica é mais frequente nas regi-ões da Europa, Argentina e Estados Unidos. No Brasil pode ser encontrada essa alergia nos estados da região sul.


Fatores que desencadeiam ou agravam alergias respiratórias

Outros fatores podem desencadear ou agravar a rinite alérgica ou asma.

Mudanças climáticas
Infecção de vias aéreas superiores principalmente desencadeadas por vírus
Inalação de irritantes inespecíficos (odores fortes, de perfumes, produtos de limpeza, gás de cozinha, fumaça de cigarro (destaca-se o tabagismo passivo aonde a população infantil pode inalar partículas do cigarro), poluentes ambientais, inalação de ar frio e seco
Medicamentos como anti-inflamatórios não hormonais
Estresse e exercício físico podem desencadear crises de asma.
Como reconhecer uma alergia respiratória?


Os principais sintomas relacionados a rinite alérgica compreendem:

Obstrução nasal (entupimento nasal) de uma ou duas narinas
Espirros
Coceira nasal, acometendo também ouvidos, olhos, pálato, faringe, podendo apresentar inclusive um pigarro
Coriza, anterior ou posterior geralmente é transparente, podendo apresentar uma secreção pós-nasal, com limpeza constante da faringe
Coceira, lacrimejamento e vermelhidão da conjuntiva dos olhos podem estar associados à rinite alérgica, caracterizando a conjuntivite alérgica
Dificuldade para ouvir transitória (sensação de ouvido tapado)
Cefaleia, tosse, halitose, astenia, sonolência, irritabilidade, perda de apetite, dificuldade para dormir e para se concentrar em atividades escolares ou no trabalho.


Os principais sintomas relacionados a asma compreendem:

Tosse (pode ser o único sintoma)
Falta de ar
Chiado no peito
Aperto no peito.
Estes sintomas podem apresentar-se associados ou isolados, em crises, mas é possível que o indivíduo apresente sintomas contínuos.

Tratamentos mais comuns das alergias respiratórias

O tratamento em relação à rinite alérgica e asma é muito abrangente. Inicialmente é importante que o paciente saiba que tratam-se de doenças crônicas, aonde as medicações resolverão as crises e poderão prevenir novas, portanto trata-se de um acompanhamento a longo prazo. É importante tentar identificar os fatores desencadeantes através da detecção da IgE específica no sangue para alérgenos ou através do teste cutâneo para inalantes. Através deste procedimento é possível realizar uma orientação ambiental e caso o paciente tenha indicação, existe a possibilidade de re-alizar um tratamento com imunoterapia (vacinas) injetável ou sub-lingual por um período de 3 a 5 anos.

Em relação a tratamento medicamentoso há uma variedade de drogas que podem ser utilizadas como: para rinite alérgica para crises - anti-histamínicos orais ou descongestionantes orais associados a anti-histamínicos orais ou descongestionantes tópicos (devem ser utilizados por um curto período). Para tratamento preventivo: anti-leucotrienos e/ou corticoesteróides tópicos nasais ou corticoesteróides tópicos nasais associados a anti-histamínico tópico nasal.

Em relação à asma pode-se utilizar nas crises broncodilatadores orais ou inalatórios (sob a forma de nebulização ou utilizando sprays com ou sem o uso de espaçadores com ou sem máscara) e/ou corticoesteróides orais(em casos mais graves intra-venosos). Nos tratamentos preventivos podem ser utilizados anti-leucotrienos e/ou corticoesteróides inalatórios ou corticoesteróides associados a broncodilatadores de longa duração inalatórios.


Para minimizar e evitar as crises de asma e rinite alérgica o paciente deve procurar um especialista alergista/pneumologista, investigar os fatores desencadeantes, estabelecer um plano de ação para crises e um tratamento preventivo com medicamentos para evitá-las. A orientação ambiental é vá-lida para os alérgenos positivos. A asma e a rinite alérgica são doenças concomitantes em uma grande parcela de pacientes e devem ser tratadas simultaneamente. O abandono do tratamento é muito comum quando o paciente estabiliza, por isso é importante conhecer essas doenças e seguir as orientações do especialista.