AGENCIA BRASÍLIA * I EDIÇÃO: CAROLINA JARDON
O Governo do Distrito Federal enviou para a Câmara
Legislativa o Projeto de Lei Complementar para implementar o Programa de
Incentivo à Regularização Fiscal do Distrito Federal (Refis 2021). A proposta,
elaborada pela Secretaria de Economia, faz parte do Pro-Economia II e traz uma
nova chance para pessoas físicas e jurídicas renegociarem seus débitos com o
GDF.
Pela primeira vez, o GDF concedeu descontos tanto no valor
principal da dívida quanto em juros e multas, que chegaram a até 95%
A abertura de um novo Refis já foi aprovada pelo Conselho
Nacional de Política Fazendária (Confaz). O projeto, enviado para a análise dos
deputados distritais, homologa o Convênio ICMS 190, de 20 de outubro de 2021,
que altera o Convênio ICMS 155, de 10 de outubro de 2019.
“O objetivo do Refis 2021 é abarcar situações que surgiram
durante a pandemia e ajudar as empresas e os cidadãos a regularizarem sua
situação, voltarem a investir e assim movimentarem a economia”, afirma o
secretário de Economia, André Clemente.
Assim como o Refis 2021, a maior parte das 34 medidas do
Pró-Economia II depende de aprovação da Câmara Legislativa. “Estamos confiantes
de que, assim como na primeira etapa do Pró-Economia, os deputados distritais
aprovarão as nossas propostas, pois sabem da importância para o setor produtivo
e para os cidadãos. A Câmara Legislativa tem se mostrado muito sensível às
pautas prioritárias para nossa cidade”, acredita André Clemente.
Entre novembro de 2020 e março deste ano, o Refis 2020
alcançou números expressivos. O mais arrojado programa de renegociação de
dívidas da história do DF alcançou o montante de R$ 3,125 bilhões
refinanciados. Foram 41.307 Pessoas Físicas e 11.317 Pessoas Jurídicas
beneficiadas pelo programa.
Pela primeira vez, o GDF concedeu descontos tanto no valor
principal da dívida quanto em juros e multas, que chegaram a até 95%. Puderam
ser renegociadas dívidas relativas a ICMS, Simples Candango, ISS, IPTU, IPVA,
ITBI, ITCD, Taxa de Limpeza Pública, além de débitos não tributários.
Desta vez, a Secretaria de Economia prevê que as negociações
aconteçam entre 10 de janeiro e 31 de março de 2022, com a regularização de
débitos oriundos de declarações espontâneas ou lançamentos de ofício cujos
fatos geradores tenham ocorrido até 31 de dezembro de 2020; além de saldos de
parcelamentos deferidos referentes a fatos geradores ocorridos até a mesma
data.
O Refis 2021 é mais uma medida para reaquecimento da
economia e mitigação dos efeitos da pandemia
O Refis 2021 concederá descontos nos mesmos termos do
programa anterior, com negociações relativas a ICMS, Simples Candango, ISS
(incluindo profissionais autônomos e sociedades uniprofissionais), IPTU, IPVA,
ITBI, ITCD, Taxa de Limpeza Pública, além de débitos não tributários.
As reduções também permanecem as mesmas, limitadas a valores
de até R$ 100 milhões:
1. Redução do valor principal do imposto atualizado nas
seguintes proporções:
a) 50% do seu valor para débitos inscritos em dívida ativa
até 31 de dezembro de 2002;
b) 40% do seu valor para débitos inscritos em dívida ativa
entre 1° de janeiro de 2003 e 31 de dezembro de 2008;
c) 30% do seu valor para débitos inscritos em dívida ativa
entre 1° de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2012.
2. Redução de juros e multas, inclusive as de caráter
moratório, nas seguintes proporções:
a) 95% do seu valor, para pagamento à vista ou em até 5
parcelas;
b) 90% do seu valor, para pagamento em 6 a 12 parcelas;
c) 80% do seu valor, para pagamento em 13 a 24 parcelas;
d) 70% do seu valor, para pagamento em 25 a 36 parcelas;
e) 60% do seu valor, para pagamento em 37 a 48 parcelas;
f) 55% do seu valor, para pagamento em 49 a 60 parcelas; e
g) 50% do seu valor, para pagamento em 61 a 120 parcelas.
O Refis 2021 é mais uma medida para reaquecimento da
economia e mitigação dos efeitos da pandemia. Além de proporcionar o saneamento
fiscal de empresas e profissionais, o que possibilita a geração de emprego,
renda e arrecadação, as negociações dos débitos trazem a possibilidade de
recuperação de créditos de difícil recebimento por parte do governo, o que é
revertido em investimentos públicos em obras e serviços de qualidade para a
população. Para se ter uma ideia, o Refis 2020 já injetou mais de R$ 671
milhões nos caixas do GDF.
A Secretaria de Economia estima que cerca de 90 mil pessoas
jurídicas e outras 388 mil pessoas físicas estão aptas a participar do Refis
2021. A expectativa é de que R$ 1,5 bilhão em débitos sejam renegociados nesta
nova edição do Refis.
* Com informações da Secretaria de Economia
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