domingo, 18 de fevereiro de 2018

Moradores do DF receberão alertas de desastres naturais por SMS

Via SMS, sistema alerta moradores sobre riscos de inundações, alagamentos, temporais e deslizamentos de terra.  (Foto: Bruno Rodrigues/G1)


O Distrito Federal passará a integrar o sistema gratuito de alertas de desastres naturais por celular coordenado pela Defesa Civil Nacional a partir da próxima segunda-feira (19). Os brasilienses poderão cadastrar suas linhas móveis para receber mensagens de alertas de inundações, alagamentos, temporais e deslizamentos de terra próximas às suas regiões. O serviço começou a ser implantado no Brasil em outubro do ano passado e já está em vigor em nove estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Na próxima semana, os moradores do DF receberão um SMS solicitando o cadastramento no serviço. Para fazer parte do sistema, basta responder à mensagem informando o CEP de interesse - é permitido cadastrar mais de um código postal.

Moradores que não receberem o contato podem enviar o CEP para o telefone da Defesa Civil Nacional, o 40199. Os alertas são gerados pelo Centro de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração, em parceria com os órgãos de Defesa Civil de estados e municípios.

Além do DF, Mato Grosso e Tocantins também passarão a receber o serviço. Ao todo, 2,5 milhões de celulares já foram cadastrados. Desde o lançamento, em outubro de 2017 no Paraná e em Santa Catarina, já foram enviadas 1.966 mensagens informando sobre o risco de desastres. Segundo o Ministério da Integração Nacional, os alertas alcançarão aos estados restantes das regiões Norte e Nordeste até março.


Segundo levantamento apresentado pela própria Defesa Civil em novembro do ano passado, o DF possui 36 áreas de risco, distribuídas por 18 regiões administrativas. O caso mais grave é o da ocupação de Santa Luzia, na Estrutural. Ao todo, são 4.733 residências, onde vivem cerca de 19 mil moradores, localizadas em áreas analisadas como de frágil infraestrutura, passíveis de maior dano em casos de deslizamentos, escorregamentos, enchentes, incêndio, desabamento entre outros desastres.

As regiões administrativas com áreas de perigo são: Águas Claras, Ceilândia, Estrutural, Fercal, Itapoã, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo I, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), Sobradinho II, Taguatinga, Varjão e Vicente Pires. De acordo com o relatório, a probabilidade de desastres aumenta na época de chuvas.

Histórico

O sistema de alertas de desastres naturais começou a ser utilizado no Japão em 2007, após uma sequência de terremotos que provocou 12 mortes e deixou mais de mil feridos nas regiões de Niigata e Sengai, nas costas oeste e leste do país asiático, respectivamente. Atualmente, mais de 20 países, entre eles Canadá, Chile e Filipinas, contam com serviços semelhantes.


No Brasil, o serviço começou a ser implantado em outubro de 2017, no Paraná e em Santa Catarina. Antes disso, a Anatel realizou testes em 25 municípios dos dois estados, atendendo a mais de meio milhões de moradores das regiões. A população do Norte e do Nordeste - com exceção ao Tocantins - começará a receber os alertas a partir de 26 de fevereiro.