MARYNA
LACERDA, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
A vacinação
antirrábica de cães e gatos da área urbana será concentrada no sábado (25) no
Distrito Federal. No Dia D da campanha, cerca de 250 postos da Secretaria de
Saúde oferecerão gratuitamente a dose da vacina.
Os locais
serão divulgados no site da pasta. Pelo menos 1,2 mil servidores e
colaboradores vão trabalhar na mobilização. Para participar, é necessário
apresentar a carteira de vacinação do animal.
Devido à
aglomeração de bichos nos postos nesse dia — o que pode causar brigas e
acidentes —, a secretaria orienta os adultos a não entregarem para crianças a
responsabilidade da condução de raças de grande porte.
No caso de
cachorros, recomenda-se levá-los presos a uma coleira e guia. Se forem
agressivos, têm de estar com focinheira ou mordaça.
Já os gatos,
se possível, devem ser colocados em uma caixa de transporte ou um saco de
linhagem ou estopa.
A meta de
vacinação de cães no DF é de 246.735 aplicações. Já a de gatos, de 24.674, de
acordo com a Secretaria de Saúde. Aqueles que estiverem na primeira dose
precisam receber uma outra de reforço após 30 dias.
Chamamento
para entidades parceiras está previsto para janeiro de 2018
A partir
deste ano, a pasta vai começar o processo de mudança da estratégia de
vacinação. A ideia é cadastrar, até abril de 2018, cem clínicas e instituições
de ensino para aplicar as doses de forma descentralizada. Assim, a rede privada
também passará a oferecer a vacina durante todo o ano.
O chamamento
para seleção das entidades está previsto para ser publicado no Diário Oficial
do Distrito Federal em janeiro. Aquelas que forem selecionadas ganharão um
certificado e selo de parceiro da Saúde.
Com isso, a
ideia é ampliar a cobertura da vacinação para 80%, meta estabelecida pelo
Ministério da Saúde. Em números absolutos, são 271.408 animais.
A estimativa
é que o DF tenha 339.261 cães e gatos — 308.419 caninos e 30.842 felinos. Ao
fim do processo, a expectativa é aumentar de dez para 565 os locais de
aplicação da dose.
O processo
de descentralização ocorrerá em três etapas:
- Primeira: de outubro de 2017 a abril de 2018
- Segunda: de maio de 2018 a maio de 2019
- Terceira: de junho de 2019 a maio de 2020
Transmissão
da raiva para o ser humano
A raiva é
causada pelo lyssavírus e ataca o sistema nervoso dos mamíferos —
primeiramente, o sistema nervoso periférico e, na fase mais grave da doença, o
central.
A
transmissão se dá por meio da saliva e de secreções do animal infectado,
principalmente por arranhadura ou mordedura.
Para quem
foi mordido, a orientação é lavar imediatamente o ferimento com água e sabão em
barra, procurar o centro de saúde mais próximo e comunicar a situação por meio
do Disque Saúde (160).
O animal com
suspeita de raiva deverá ficar em observação por dez dias, em local seguro, com
água e comida.
Em seres
humanos, o tempo entre a infecção e o aparecimento da doença varia de 7 a 10
dias. Alguns dos sintomas são convulsão, febre baixa, perda de função muscular,
excitabilidade, agitação e ansiedade.
EDIÇÃO:
RAQUEL FLORES