A oscilação
do preço da gasolina no Distrito Federal fez o litro do combustível ultrapassar
a barreira dos R$ 4. Na tarde desta quinta-feira (17/8), o posto Ipiranga da
Quadra 201, na Avenida das Araucárias, reajustou o valor cobrado na bomba. Os
consumidores que utilizarem dinheiro ou cartão de débito pagarão R$ 3,969. Mas
quem optar pelo cartão de crédito vai desembolsar R$ 4,069. No Lago Sul, tem
posto vendendo a R$ 4,11, a prazo, e R$ 4,06 à vista.
A reportagem
do Metrópoles também encontrou preços acima de R$ 4 em postos do Plano Piloto,
Guará e Brazlândia. A variação no valor cobrado dos motoristas brasilienses
começou a assustar a população em 21 de julho.
O governo
federal, na tentativa de equilibrar as contas públicas, aumentou a tributação
de PIS e Cofins sobre a gasolina. O acréscimo deveria ter ficado em R$ 0,41 por
litro de gasolina e R$ 0,21 no caso do diesel. Mas os estabelecimentos do
Distrito Federal passaram a cobrar bem mais.
Para se ter
uma ideia, em 20 de julho era possível abastecer por R$ 2,99 o litro de
gasolina. No dia seguinte, o menor preço que se encontrava nas bombas era de R$
3,74.
Cartel
Com os
recentes aumentos a população nem se lembra mais da Operação Dubai, deflagrada
em novembro de 2015, pela Polícia Federal, para desarticular um cartel que
dominava as vendas de combustível no DF.
Na época, o preço médio da gasolina chegou a R$ 3,96, segundo a ANP.
O esquema
era liderado pelo grupo Cascol, responsável por 30% dos postos de gasolina da
capital. Cinco meses depois, em abril do ano passado, coube a um interventor,
nomeado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), administrar o
conglomerado.
Em abril
deste ano, o conselho e o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT)
multaram a rede em R$ 148,7 milhões por formação de cartel e determinaram que o
grupo vendesse parte de seus postos.