A avaliação
da audição deve começar no bebê recém-nascido. Desde 2010, o teste da orelhinha
é obrigatório nas maternidades, tanto públicas quanto privadas. O teste da
orelhinha é um teste objetivo, isto é, não necessita da resposta da criança, e
detecta a grande maioria dos casos de perda auditiva. É um teste de extrema
importância para a criança, pois nesta idade é a única forma de se detectar uma
perda auditiva.
Antes da
obrigatoriedade do teste, era muito comum os pais acharem que a criança
conseguia ouvir porque balbuciava sons. Crianças que não escutam também
balbuciam, mas os sons não tem significado.
Sabemos hoje
em dia que quanto mais precoce for a detecção da perda auditiva mais chances a
criança terá de desenvolver a audição. O ideal é que isso ocorra até os seis
meses de vida, pois já a partir desta idade começamos a desenvolver a via
auditiva, que nos permite interpretar os sons que escutamos. Quanto mais tarde
for o diagnóstico, mais difícil é restabelecer essa via.
Contudo, o
bebê pode passar no teste da orelhinha e depois vir a desenvolver a perda
auditiva, mesmo quando as causas são genéticas. Além disso, infecções de ouvido
(otites), comuns na infância, também podem levar à queda da audição.
Felizmente, na maioria dos casos relacionados com otites, a audição é
recuperada. Causas mais raras que podem ocorrer na criança e que levam a graus
variados de perda auditiva são as meningites.
O momento de
levar as crianças ao otorrino
Se a criança
passou no teste da orelhinha é recomendado que os pais acompanhem sempre de
perto o rendimento na escola e a comunicação da criança em casa. Se a criança
não tiver um bom desempenho escolar ou os pais começarem a notar uma
dificuldade de se comunicar, é importante que ela seja avaliada por um
especialista.
A criança
que tiver uma alteração no teste da orelhinha segue um protocolo de avaliação
que inclui testes mais complexos da via auditiva - desde a orelha até a área do
cérebro responsável pela linguagem.
Crianças que
apresentam otites de repetição representam um grupo especial que deve ser
acompanhado regularmente pelo otorrino. Nestes casos, devem ser investigados
alguns problemas nasais como rinite, aumento de adenóide e deficiências imunológicas.
Sinais para
ficar atento
Além de
dificuldades na escola, a criança pode começar a aumentar os sons de aparelhos
como a televisão, falar mais alto, ter dificuldade para entender os outros e
parecer distraída. Quanto mais precoce a perda de audição, mais fica
comprometida a capacidade de comunicação e a criança passa a se isolar.
Exames
Crianças a
partir de três anos já conseguem realizar testes audiométricos. Entre os quatro
e cinco anos a audiometria é realizada com brinquedos que emitem sons, como
chocalho e tambor. Este tipo é chamado de audiometria condicionada.Crianças
maiores podem fazer o teste audiométrico completo, semelhante ao dos adultos.
Recomenda-se
que toda criança realize um exame de audiometria. Essa triagem auditiva pode
ser realizada desde os três anos ou em qualquer momento durante a
alfabetização. Ela detecta perdas auditivas tardias, que prejudicam o
aprendizado nesta idade.
Alguns casos
necessitam de repetição anual e acompanhamento com especialista, como nas
situações em que o exame inicial demonstrar perda auditiva, otites de repetição
e piora do rendimento escolar.
Fonte: minhavida.com