Elas fazem
parte da Ragião Sudoeste e passarão a abrir aos sábados pela manhã
A partir dessa terça-feira (1°), 10 Unidades Básicas de Saúde (UBS)
da Região Sudoeste funcionarão com o horário ampliado nos dias da semana.
Assim, elas passam a abrir às 7h e fecham às 19h. Outra novidade é que essas
UBS também abrirão aos sábados, das 7h às 12h. Desse total, sete estão em
Samambaia, duas no Recanto das Emas e uma em Águas Claras. Confira quais são os
locais:
REGIÃO
ADMINISTRATIVA
UNIDADE
BÁSICA DE SAÚDE
Águas
Claras/Areal
UBS 09 –
Clinica de Família do Areal
Recanto das
Emas
UBS 03 –
Clinica de Família
UBS 04 –
Clinica de Família
Samambaia
UBS 01
UBS 02
UBS 03
UBS 04
UBS 05 –
Clinica de Família
UBS 07 –
Clinica de Família
UBS 08 –
Clinica de Família
Em
Samambaia, essa mudança foi possível graças ao aumento da cobertura de atenção
primária: em seis meses, saltou de 57,5%, em dezembro de 2016, para 88,7% em
junho deste ano. As são classificadas como tipo 2 por possuírem mais de três
equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF).
Segundo a
diretora de Atenção Primária da Região de Saúde Sul, Cleunici Godois, o aumento
da cobertura nessa região administrativa foi possível a partir do remanejamento
de recursos humanos já alocados, além da chegada, de dezembro de 2016 a julho
de 2017, de cinco profissionais do Programa Mais Médicos. "Com isso, hoje
reunimos 52 equipes de ESF na localidade", explica.
A gestora
conta que 10 das 11 UBS de Samambaia estão totalmente convertidas à ESF.
"Precisamos de apenas mais seis médicos da Família e Comunidade para
compor novas equipes e conseguir transformar nossa assistência em 100%",
esclarece Cleunici ao destacar que a localidade tem sete UBS tipo 2.
DESTAQUE –
Samambaia conta com uma UBS Escola, responsável por oferecer residência a
médicos na especialidade de Família e Comunidade. É o caso da Unidade Básica de
Saúde 7 que funciona desde a sua inauguração, em 2013, no modelo ESF.
Rodrigo Lima
é médico de Família e Comunidade compõe uma das equipes de ESF da localidade.
Há um ano, o profissional é responsável por coordenar a residência na UBS.
"Ensinamos um modelo assistencial aos residentes que tem exemplos de
sucesso em vários países do mundo. Aqui, a população não recebe apenas saúde de
qualidade, ela também é acolhida de forma mais humanizada", declara. Ele
acrescenta que, no momento, a unidade tem cinco residentes.
De acordo
com o gerente da UBS 7, Ricardo Aguiar, a unidade tem sete equipes de
Estratégia de Saúde da Família e reúne 69 profissionais de diversas áreas da
que prestam assistência à comunidade. "Mensalmente, realizamos cerca de
1,2 mil atendimentos médicos e 1,1de enfermagem", destaca.
Atendida no
local há quatro anos, a aposentada Carmelita Mendes, de 72 anos, é portadora de
diabetes e pressão alta. Por conta dos problemas de saúde, teve dois infartos e
ficou cega, além de ter que usar insulina continuamente. Todo mês, a paciente
comparece à unidade para realizar o acompanhamento de sua glicemia.
"Nesse
tempo, nunca deixei de ser atendida e o meu médico permanece o mesmo desde o
início. Todos os profissionais me chamam pelo nome e conhecem meu histórico.
Sempre digo que sou muito feliz e satisfeita com a assistência que recebo na
rede pública", enfatiza a dona de casa.
Entre os
serviços oferecidos, destacam-se os atendimentos domiciliares, consultas
agendadas de pré-natal; de acompanhamento de crescimento e desenvolvimento
pós-parto da criança de até um ano; além de grupos educativos para gestantes;
de planejamento familiar; contra tabagismo; hipertensos e diabéticos e
disponibilização de Práticas Integrativas em Saúde como yoga e shantala.
A estudante
Juliana Santos, de 20 anos, espera seu primeiro filho. Grávida de três meses,
ela conta que ao descobrir a gestação, compareceu à UBS para iniciar o pré-natal.
"Sempre fui bem atendida por todos. Desde o começo, o acolhimento foi
realizado de forma humanizada, sempre incluindo meu marido nas consultas e
fazendo com que me sinta segura", elogia.
Os
servidores da UBS têm educação continuada fornecida na própria unidade, sempre
às terças-feiras, pela manhã. Os encontros têm duração de uma hora e tratam de
temas voltados ao acolhimento. Todos os assuntos são escolhidos pelos
profissionais.
A técnica em
enfermagem Roberta Tredicci está na UBS 7 desde sua inauguração. Para ela, os
servidores da unidade trabalham com motivação e empenho por verem o retorno do
serviço nos sorrisos dos pacientes. "Cada pessoa que atendemos cria um
vínculo conosco. Nossos usuários são conhecidos pelo nome e por suas histórias
de vida. É justamente esse laço que diferencia a ESF do modelo
tradicional."
DIFERENCIAL
– Há dois meses, o casal Jeidma e Raul Marinho, ambos de 29 anos, teve seu
primeiro filho, o pequeno Tales. Juntos, relatam a experiência positiva que
vivenciaram na rede pública de Saúde do Distrito Federal. Ela conta que
descobriu a gravidez quando estava com cinco semanas. De imediato, procurou a
UBS 7, unidade mais próxima de sua residência.
"Antes
de ser atendida, eu tinha outro pensamento a respeito da assistência prestada
pela Secretaria de Saúde. Todo meu acompanhamento de pré-natal, a gestão e o
pós-parto foram feitos na rede pública. Tamanha foi a boa surpresa que tive
após o primeiro contato com os profissionais", relata.
Com um
sorriso no rosto, Raul destaca o tratamento recebido pelo casal na unidade de
Samambaia. "Nas consultas é possível ver que não somos tratados como
médico e paciente e nem com aquele nível hierárquico que vemos em outros
locais. Não é apenas um atendimento, mas, sim, a construção de um
vínculo", finaliza.