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Do G1DF
Uma 'blitz'
no Aeroporto de Brasília, nesta sexta-feira (28), fiscalizou a cobrança por
malas despachadas e se as informações sobre as bagagens são passadas de forma
clara para o consumidor. O ato é um protesto contra as novas normas da Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac), que permitem que as empresas cobrem pelas
bagagens despachadas, em vigor desde março deste ano.
Com as
normas, a exemplo do que ocorre em outros países, as companhias aéreas podem
criar políticas próprias para despachar malas. Um dos principais argumentos
para aprovação das novas regras é que as empresas aéreas podem estipular
franquias menores de bagagem e, em contrapartida, oferecer passagens mais
baratas aos consumidores.
No entanto,
a OAB informou que isso não está ocorrendo e entrou com uma ação na Justiça
para pedir a anulação da medida. O vice-presidente da Comissão de Direitos do
Consumidor da OAB DF, Vinícius Fonseca, disse que o ato nos aeroportos visa
conscientizar os consumidores.
“Nem todos
sabem que essa resolução já está sendo aplicada. A ANAC entendeu que trazendo
essa diferenciação poderia gerar um valor menor para bagagem e isso, até o
momento, não foi feito. É como um condomínio, todo mundo paga a água. A partir
do momento em que você coloca o registro individual, quem está gastando mais
vai pagar mais. Essa era a ideia, mas não está acontecendo.”
O G1
acompanhou a o embarque da Lorena Miranda, de 9 anos, que viajou sozinha para o
Maranhão. Questionados pela reportagem, os avós dela, Ailton e Sandra Miranda,
não sabiam se teriam que pagar a mais pela bagagem.
Na hora de
despachar as malas, a surpresa: R$ 190,00 para enviar duas malas com as roupas
e os brinquedos da menina. Ailton Miranda, de 71 anos, comprou a passagem: “Eu
não sabia, não vi nenhuma informação. É caro demais”.
A avó da
criança, Sandra Miranda, também ficou assustada com a cobrança:
“Eu pago,
mas sob protesto. Parece que a menina está indo pra Disney, mas está indo pro
Maranhão. Ainda tem esse absurdo da bagagem.”
A
diretora-geral do Procon DF, Ivone Machado, afirmou que o principal objetivo da
ação é verificar se há transparência nas informações. Caso contrário, segundo
ela, podem ser aplicadas multas às empresas áreas.
“Nosso
objetivo é ver como estão sendo passadas essas informações para o consumidor e
se estão aproveitando essa oportunidade para cobrar um valor maior. É previsto
no Código do Consumidor que ele saiba exatamente como ele está adquirindo o produto
e o valor pago.”