AMANDA
MARTIMON E GUILHERME PERA, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
Neste mês,
mais 700 ônibus do DF terão o sistema de biometria facial instalado nas
catracas. Até fevereiro de 2018, o recurso, que evita fraudes no transporte
público, estará presente em 100% da frota das concessionárias que operam na
cidade — de cerca de 2,7 mil ônibus.
Neste mês, a
biometria facial será instalada em 700 veículos. No próximo ano, as catracas do
metrô também contarão com a tecnologia. Governador Rodrigo Rollemberg testou o
sistema.
O cronograma
foi anunciado na manhã desta terça-feira (21) pelo governador de Brasília,
Rodrigo Rollemberg, e o secretário de Mobilidade, Fábio Damasceno, em
entrevista coletiva no Palácio do Buriti. Ainda no primeiro trimestre de 2018,
a biometria facial começará a ser instalada nas catracas de metrô.
A eficiência
do equipamento foi demonstrada durante o lançamento do sistema. Cinco ônibus
com a biometria facial foram expostos na área externa da sede do governo local.
O próprio governador passou pela catraca de um deles para testar a
identificação por meio de imagens.
“Esperamos
muito por este momento, pois o uso correto dos benefícios garantidos por lei
vai ser assegurado pela instalação da biometria facial nos ônibus do transporte
coletivo do DF”
Rodrigo
Rollemberg, governador de Brasília
De acordo
com o secretário de Mobilidade, cerca de 300 veículos estão com a biometria
facial em funcionamento já a partir desta terça (21). Os testes do sistema
começaram em maio, em dez veículos da Linha 110, que faz o trajeto da
Rodoviária–Universidade de Brasília (UnB).
“A
experiência mostrou que funcionou bem. Tivemos mais de 2 mil bloqueios em dez
ônibus”, avaliou Damasceno.
Além de
coibir fraudes e garantir o benefício a quem realmente precisa, ele destacou
ainda que burlar o sistema resulta em prejuízos à população:
“Reduzir
fraudes é reduzir o custo do subsídio [valor que o governo paga no transporte
público]. Esperamos que essa diminuição [do custo] seja de 15 a 20%. Esse
dinheiro poderá ir para outras áreas, como segurança, para o bem-estar da
população.”
Os custos
dos equipamentos são arcados pelas próprias concessionárias. A biometria facial
no transporte público do DF faz parte do Bilhete Único, lançado em setembro —
que integra o Programa de Mobilidade Urbana do DF, o Circula Brasília.
Entenda como
funciona a biometria facial nos ônibus
Acima dos
validadores, onde os passageiros passam o cartão, são instaladas câmeras que
captam imagens de quem passa pela catraca. Por meio de um software, elas são
comparadas com as fotos cadastradas no sistema.
Quando o
programa detecta automaticamente divergências — ou seja, alerta que as imagens
não coincidem —, um analista do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans)
avalia se há um caso de fraude.
Se
confirmada a irregularidade, o benefício é suspenso, e abre-se um processo
administrativo em que o usuário tem direito ao contraditório e ampla defesa. De
acordo com a secretaria, se ainda assim os esclarecimentos forem
insatisfatórios, o cartão é bloqueado.
EDIÇÃO:
PAULA OLIVEIRA