GUILHERME
PERA, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
As obras do
Subsistema Produtor de Água do Bananal estão 75% executadas. As intervenções
ocorrem próximo à saída da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), e
está previsto que a captação comece no fim deste mês.
As obras do
Subsistema Produtor de Água do Bananal estão 75% executadas. Estrutura vai
reforçar a captação de água do Distrito Federal em até 726 litros de água por
segundo. Cerca de 170 mil pessoas serão beneficiadas.
A elevatória
1, próxima ao rio, está com a estrutura concluída. A instalação das bombas e do
barrilete está em fase de acabamento. A elevatória 2 também está no estágio
final. As bombas já foram fixadas e os quadros elétricos estão em curso.
“O Bananal
significa um reforço de 726 litros por segundo que ajudará a reduzir a pressão
sobre o Sistema Produtor Santa Maria-Torto”, explica o presidente da Companhia
de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Maurício Luduvice.
O
investimento é de R$ 20 milhões, do Fundo Constitucional de Financiamento do
Centro-Oeste, do Banco do Brasil. Cerca de 170 mil pessoas serão beneficiadas
com as intervenções, que incluem captação no Ribeirão Bananal e bombeamento
para a Estação de Tratamento de Água de Brasília.
Captação no
Paranoá em operação assistida por três meses
Em 2 de
outubro, foi entregue o Subsistema Produtor do Lago Norte, com captação de água
no Lago Paranoá. A Caesb dará início à distribuição a partir de 2018, pois os
primeiros três meses serão dedicados à chamada operação assistida, em conjunto
com a Enfil S.A Controle Ambiental, empresa que tocou as obras
O
investimento ficou em R$ 42 milhões, 15% abaixo do valor inicial — R$
49.437.958. O Ministério da Integração Nacional liberou R$ 55 milhões para as
obras — a diferença volta para a pasta federal.
A captação é
de 700 litros de água por segundo no braço do Torto, no Lago Paranoá. A
estrutura fica na ML 4, no Setor de Mansões do Lago Norte. Trata-se de uma
estação compacta de tratamento de água, com membranas de ultrafiltração, uma
das mais modernas tecnologias.
Depois, a
água vai para dois reservatórios: um no Lago Norte e um no Paranoá. Os locais a
serem abastecidos são:
- Asa Norte
- Itapoã
- Lago Norte
- Paranoá
- Parte de Sobradinho II
- Taquari
O
fornecimento para essas regiões hoje é feito pelo Sistema Produtor Santa
Maria-Torto.
A Caesb tem
também um projeto, já licitado, para captar, armazenar, tratar e distribuir
água do Lago Paranoá de forma definitiva. As obras estão orçadas em R$ 480
milhões — o governo de Brasília negocia financiamento com a Caixa Econômica
Federal.
O Sistema
Produtor Paranoá vai atender 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no
Tororó, em Sobradinho e nos Condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e
Alphaville.
Início da
operação do sistema Corumbá ocorre em 2018
Fruto de um
consórcio entre DF e Goiás, as obras do Sistema Produtor Corumbá estão 68%
executadas na capital federal. No estado vizinho, a contagem é feita em etapas:
a construção da adutora andou 97% e a estrutura da captação, 60%.
Cabe à
Saneamento de Goiás SA (Saneago) a captação, em Luziânia (GO), e a construção
de 12,7 dos 28 quilômetros da adutora de água bruta que leva os recursos
hídricos para a Estação de Tratamento de Valparaíso (GO).
À Caesb,
fica a responsabilidade da construção dos outros 15,3 quilômetros da adutora,
assim como a da estação de Valparaíso. O governo do DF ainda constrói 14
quilômetros de adutora de água tratada para distribuição nas regiões administrativas.
O sistema
Corumbá, quando concluído, elevará em 5,6 mil litros por segundo a oferta de
água tratada na região
As regiões
do DF que vão receber a água serão Gama e Santa Maria, em um primeiro momento.
Depois será a vez de Planaltina, Recanto das Emas e Riacho Fundo. Quatro
municípios goianos do Entorno fecham a lista: Cidade Ocidental, Luziânia, Novo
Gama e Valparaíso.
As
intervenções vão beneficiar cerca de 1,3 milhão de pessoas — 650 mil no
Distrito Federal e 650 mil em municípios goianos do Entorno — no início da
operação do sistema. Em uma segunda etapa, esse número vai chegar a 2,5
milhões, metade em cada unidade da Federação.
Serão
captados 2,8 mil litros de água por segundo na primeira etapa dos trabalhos,
sendo 1,4 mil para o DF e 1,4 mil para Goiás. Em um segundo momento, para além
de 2018, chegará a 5,6 mil litros por segundo, metade para cada um. O orçamento
é de R$ 540 milhões.
Pequenas
obras de captação no Distrito Federal
No fim de
março, a Caesb reativou a captação no Rio Alagado, no Gama. São 20 litros por
segundo, que beneficiam cerca de 16 mil pessoas na região.
Foram
recuperados 4 quilômetros de trechos da adutora e instalada uma válvula
redutora de pressão. A água captada passa por um tratamento simplificado e é
encaminhada para a própria rede de distribuição.
Ainda no
Gama, cerca de 15 mil moradores são abastecidos pelo Córrego Crispim desde
novembro de 2016. São captados 40 litros por segundo desde a reativação de 3
quilômetros de adutora e a construção de mais 180 metros de redes. A água é
tratada e encaminhada para o Reservatório do Gama.
Nas
proximidades do Jardim Botânico e no Lago Sul, a captação do Córrego Cabeça de
Veado — que desemboca no Lago Paranoá e complementa o abastecimento nas duas
regiões administrativas — foi aprimorada.
Quatro
bombas para essa finalidade foram revitalizadas. Isso possibilitou o aumento da
vazão de captação no córrego de 110 litros para 150 litros por segundo.
Outra medida
foi a ativação de um poço, em São Sebastião, com capacidade de produção de 10
litros de água por segundo. A estrutura beneficia aproximadamente 4 mil
pessoas.
EDIÇÃO:
VANNILDO MENDES