sexta-feira, 14 de julho de 2017

Provas e formação de instrutores em autoescolas do DF vão mudar, diz Detran

Carros de autoescolas do DF participam de protesto na Esplanada dos Ministérios, em Brasília  (Foto: Lúcio Bernardo Jr/ Câmara dos Deputados)

Para tentar diminuir o número de acidentes de trânsito no Distrito Federal, o Departamento de Trânsito (Detran) vai atualizar as apostilas usadas pelos alunos nos centros de formação e, a partir de janeiro de 2018, os candidatos a motoristas terão que fazer novas provas teóricas.

Detran anuncia mudanças na formação dos condutores

O departamento também informou que os instrutores teóricos e práticos das autoescolas vão ter que passar por mais horas de formação. Entre as mudanças propostas pelo Detran, consta ainda que haverá premiações para os centros de formações que mais aprovarem candidatos.

Segundo o órgão, o índice de aprovação de candidatos à primeira carteira de habilitação (63%) está abaixo do esperado. Anualmente, cerca de 50 mil pessoas tiram a carteira de habilitação no DF. Até 2019, o Detran espera que este percentual aumente. O índice considerado “razoável” pelo departamento é de 70%.

O Detran afirmou que as mudanças não vão trazer custos para as autoescolas. Para o Sindicato dos Centros de Formação de Condutores de Veículos Automotores do DF, as medidas anunciadas não vão acarretar melhorias no trânsito.

“O que tem que mudar é a malha viária, a fiscalização, campanhas educativas... Acho que simplesmente o material didático não vai influenciar nem melhorar o índice de mortalidade de trânsito no Distrito Federal”, disse o presidente da entidade, Joaquim Loiola.

O especialista em trânsito Paulo César Marques apontou que uma melhor formação de candidatos e instrutores pode, sim, melhorar o trânsito na capital. “Isso certamente vai ter efeito prático desde que tenha apoio de outras áreas do governo e dos próprios centros de formação de condutores, e que tenha continuidade também.”

Acidentes


Dados do Detran mostram que em 2016 foram contabilizados 11,1 mil acidentes nas vias da capital e 911, 9 mil infrações graves e gravíssimas – uma média de 2,5 mil violações por dia. No ano passado, 394 pessoas morreram no trânsito do DF.