O Hospital
Regional de Taguatinga (HRT) retomou, há 30 dias, a realização de cirurgias de
catarata. Até essa segunda-feira (17), a equipe de oftalmologia da unidade
realizou o procedimento em 60 pacientes.
Na sala de
espera para entrar no Centro Cirúrgico, a aposentada Osilva Braga, de 72 anos,
aguardava ansiosa pelo procedimento, que dura, em média, 30 minutos. Em duas
semanas, ela operou os dois olhos.
"Agora
estou livre da catarata. Operei o olho direito dia 26 de junho e já estou
enxergando tão bem que nem preciso de óculos de grau. Agora, operei o olho
esquerdo e tudo correu bem. Só tenho a agradecer à equipe do HRT que me tratou
muito bem", disse.
O
responsável técnico pelo setor de Oftalmologia do hospital, José Alberto
Aguiar, informou que as cirurgias de catarata, que dispensam internação, são
agendadas para as segundas e quartas-feiras. Os pacientes beneficiados fazem
parte de uma lista de espera e são convocados gradativamente. Por enquanto, não
há previsão de realizar mutirão.
"A
catarata é a opacificação do cristalino do olho, que funciona como uma lente
intraocular que precisa estar transparente para enxergar. A doença provoca a
diminuição da acuidade visual e ocorre, geralmente, em pessoas acima de 60
anos. A cirurgia que substitui o cristalino por uma lente artificial é o único
tratamento", explicou o oftalmologista. Ele destaca que a doença pode ser
diagnosticada em uma consulta oftalmológica de rotina.
Além de ser
desencadeada pelo envelhecimento natural do organismo, a doença pode ser provocada
por infecções, uso de medicamentos como cortisonas, traumas (batida no olho,
por exemplo) ou deficiência congênita. Além disso, os diabéticos geralmente têm
catarata mais cedo.
EQUIPE - O
HRT possui 18 oftalmologistas - quatro deles cirurgiões de catarata. A unidade
também oferece atendimento ambulatorial, emergencial e cirúrgico para outras
doenças oculares. Os hospitais de Base e Regional da Asa Norte também realizam
a cirurgia de catarata, consideradas de baixa complexidade. Cerca de 1,7 mil solicitações,
segundo a Coordenação de Oftalmologia da Secretaria de Saúde, aguardam na fila
pelo procedimento.
As cirurgias
só recomeçaram após o conserto do equipamento de facoemulsificação, utilizado
para realizar o procedimento. O reparo, que envolvia a substituição de uma peça
importada, custou aproximadamente R$25 mil.