sexta-feira, 13 de julho de 2018

Sinusite bacteriana se resolve sozinha?

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A sinusite bacteriana pode ocorrer como uma evolução da rinossinusite viral comum, e ocorre em cerca de 0,5 a 2% dos casos.


De acordo com o último Consenso de Rinossinusite de 2013, os estudos clínicos demonstraram que cerca de 65% dos pacientes com sinusite bacteriana aguda apresentaram resolução clínica espontânea, e que em alguns casos essa doença pode se resolver naturalmente nos primeiros dez dias.

Quando buscar tratamento?

A introdução de antibiótico deve ser considerada quando não há melhora após o tratamento com medidas adjuvantes, como a lavagem nasal com solução salina e o uso de corticoesteróide nasal tópico ou oral, ou se os sintomas se acentuarem.


Os antibióticos devem ser indicados nos casos de rinossinusite bacteriana aguda moderada ou grave, com sintomas intensos (febre maior que 38°C e dor facial intensa) e em imunodeprimidos independentemente do tempo da doença. Também nos casos de rinossinusite bacteriana aguda leve ou não complicada que não melhora com o tratamento inicial.

Os antibióticos são indicados por um período de dez a catorze dias. Indiscutivelmente quando o paciente começa a apresentar os sintomas é interessante procurar ajuda médica, mesmo que ainda não necessite de antibiótico.

Apesar do tratamento com antibióticos ou também sem o tratamento complicações dessa doença podem acontecer:

  • Celulite na região dos olhos
  • Abcessos
  • Meningite
  • Osteomelite
  • Cegueira.

Os principais cuidados quando se pensa em sinusite bacteriana seriam inicialmente procurar um clínico geral ou especialista (otorrinolaringologista, alergista ou pneumologista) que irá orientar quanto ao uso de solução salina isotônica ou hipertônica para diminuir o edema da mucosa nasal, diminuir a secreção e o edema do local.

O médico também pode indicar a utilização de corticoesteróide nasal tópico por 14 dias (o que alivia os sintomas, acelerando a recuperação do paciente) e/ou corticoesteróide oral por três a cinco dias (ajuda no quadro da dor facial e diminui a utilização de analgésicos), e verificar a necessidade de antibiótico por um período de dez a catorze dias.


O termo sinusite já há bastante tempo tem sido substituído por rinossinusite, pois existe uma comunicação ativa entre a mucosa nasal e os seios paranasais (seios da face, que são cavidades que correspondem às regiões dos ossos no centro da testa, entre os olhos, na região das bochechas e nas laterais do rosto).

A rinossinusite aguda é um processo inflamatório da mucosa rinosinusal de início súbito com duração de até doze semanas.

Podemos classificar a rinossinusite em:

  • Rinossinusite aguda ou resfriado comum: é uma condição autolimitada em que a duração dos sintomas é menor que 10 dias
  • Rinossinusite aguda pós-viral: ocorre piora dos sintomas após 5 dias da doença ou os sintomas persistem por mais de 10 dias
  • Rinossinusite aguda bacteriana: uma pequena porcentagem dos pacientes pós-virais evolui para um quadro bacteriano, em torno de 0,5 a 2%.

Portanto a rinossinusite viral é o quadro mais comum e a bacteriana é a de menor incidência.

A transmissão acontece através do ar, pacientes infectados espirram, tossem, tem contato com pessoas e dessa forma contaminam o ambiente com bactérias.

De uma forma geral pacientes com rinossinusite podem apresentar mal-estar, irritação na faringe, laringe e traqueia, dor de garganta, disfonia e tosse (mais frequente em crianças), obstrução e congestão nasal e redução ou perda do olfato.

Quando se pensa em rinossinusite bacteriana alguns sintomas são pontuais:

  • Secreção nasal (com predomínio unilateral) e secreção purulenta (amarelada ou esverdeada) na rinofaringe
  • Dor intensa local (cefaleia ou pressão facial) com predomínio unilateral. Essa dor facial é em peso, não pulsátil e piora com a inclinação da cabeça para frente. Pode haver dor dentária referida na mastigação
  • Febre maior que 38°C
  • Reagudização ou deterioração após a fase inicial de sintomas leves.